Podcast Post 036: Entrevista com o Podcast TemaCast

Bem vindos Amigos, hoje Falaremos sobre um Programa Jovem, mas com uma qualidade e compromisso que muitos dos novos e dos mais antigos não consegue ter, recebemos Francisco Seixas e Igor Alcântara para uma:



Entrevista com o Podcast TemaCast


Nerdópole - Podcasts voltados para o cultural, falando sobre fatos interessantes de nossa história são muito importantes, como vocês veem outros podcasts que falam de temas tão interessantes como o que vocês falam?


TemaCast - Antes de responder a pergunta em si acredito que seja interessante fundamentar o que será dito. A mídia podcast tem a mesma característica da mídia musical, ou seja, você pode levar o conteúdo para onde for e consumir do jeito que quiser. Esta característica faz com que o ouvinte de podcast consiga obter uma aderência maior com o conteúdo. Então a resposta seria: Nós vemos como uma forma eficaz de levar conhecimento para as pessoas sem que com isso haja por parte delas aquela sensação de tédio e obrigatoriedade que normalmente uma aula sempre acarreta para um aluno. Não é à toa que a maioria de nossos ouvintes use a expressão “minha escola falhou comigo! ”


NP – O público brasileiro gosta de muitas firulas na edição de um podcast, o de você é bem mais limpo, é feito assim para que os ouvintes prestem mais atenção no que é falado ou foi apenas uma decisão tomada sem pensar nesse aspecto?



TC – No começo já havia ficado claro quem seria a principal estrela: o conteúdo.
No Temacast nós sempre nos preocupamos em colocar a quantidade de informação maior possível sobre o assunto abordado, por isso optamos por uma edição com boa qualidade de áudio, porém sem muitos efeitos sonoros para que haja uma imersão do ouvinte no que realmente pretendemos levar a ele.




Podcast TemaCast


NP – Infelizmente muitos pensam que podcast se resumem aqueles voltados para a cultura nerd, geek ou algo do tipo. Qual é a relevância da existência de mais podcasts nacionais que informam os ouvintes com informações mais acadêmicas?


TC – Acreditamos que haja público para todo tipo de conteúdo. No caso dos podcasts com cultura nerd, talvez haja tantos pelo fato de que esta tenha sido a proposta que melhor deu resultado de audiência desde o início e até hoje. Mas, nota-se que uma parcela bem considerável de ouvintes tem procurado conteúdos mais informativos, não para substituir pelos de cultura nerd, mas para somar. Os ouvintes estão descobrindo o prazer de ouvir conteúdos mais sérios tanto quanto outros de outra natureza.


NP – Como é feita a pesquisa de cada programa? Existe alguma fonte específica na qual vocês sempre usam como bibliografia?
TC – Quem faz podcast sabe o quanto se tem trabalho para montar uma pauta. Nossas fontes são o conhecimento particular dos participantes, livros, documentários e pesquisa na internet. Mas, o grande desafio é sempre juntar tanta informação em uma pauta cronologicamente correta e de forma que o máximo de informações sobre o tema escolhido sejam representadas no espaço do episódio que tem uma média de 1 hora e meia.


Podcast TemaCast


NP – As músicas utilizadas como trilha são definidas como? Existe alguma especificação para a escolhas delas pelo tema discutido no podcast da vez?
TC – As músicas sempre são escolhidas de modo que representem a época do tema abordado ou que tenha uma característica intrínseca ao assunto. Por exemplo, no episódio sobre o Barão de Mauá utilizamos uma trilha contendo apenas Chorinho que foi um ritmo musical que apareceu no século XIX, época em que a história do personagem aconteceu. No episódio sobre Inveja e Solidão procuramos músicas que falassem sobre este tema. No episódio sobre Lampião a trilha é sobre músicas nordestinas que falam sobre o assunto, já no da Revolução de 30 as músicas são relativas aos estados brasileiros envolvidos na trama: RS, SP, MG, PB.


NP – A categoria Comportamento nos chamou mais atenção, como são definidos o cast desta categoria?
TC – Muitos episódios de comportamento são sugestões dadas por nossos ouvintes através de e-mail, no nosso grupo do Facebook TemaCast Saiba Mais ou simplesmente é definido em reunião entre nós. Os episódios que tratam sobre comportamento sempre são muito mais complicados de se fazer porque todas as pessoas tendem a se auto avaliarem de acordo com o assunto que está sendo tratado. Isso sempre nos remete a um estado de maior responsabilidade, já que estaremos falando de algo que pode ser uma característica do ouvinte. Então quando falamos sobre inveja, por exemplo, que é um sentimento visto como vergonhoso, nós sabemos que corremos o risco de ofender a quem esteja nos ouvindo. Com isto nos casts de comportamento sempre procuramos ter um convidado da área de psicologia para que o que for dito não seja visto como fruto de opinião desinformada.


NP – As músicas realmente marcam as décadas, são bem interessantes os podcasts abordando esse tema, nos diga, como é decidido quais bandas merecem serem abordadas e se já tem projetado outras bandas a serem abordadas?
TC – Nós sempre decidimos qual banda ou artística musical vai ser abordado considerando a representatividade que os mesmos tenham junto ao público em geral e também a importância que teve na história da música como um todo. Não daria para de deixar de lado Raul Seixas ou os Beatles! Temos muitas outras bandas já agendadas para episódios futuros como The Doors, por exemplo.



Podcast TemaCast


NP – como vocês veem o feedback para os seus programas? Pelos temas abordados pelo podcast, são bem interessantes, é uma audiência mais qualificada, como é receber tanta mensagem interessante?
TC – Pois é! Pelo tipo de assunto que o Temacast aborda consideramos que temos um bom retorno por parte dos ouvintes e, como se pode ler lá nos comentários do site, são sempre muito incentivadores e elogiosos. Para nós é extremamente empolgante saber que o que fazemos seja tão bem recebido em mais de 60 países pelo mundo afora e é o que nos incentiva a continuarmos com nosso trabalho.


NP – Vocês conseguem transmitir muito bem as informações que são ditas durante o programa, vocês são professores? Como surgiu a ideia de fazer o Temacast, ficaram impressionados pelo boca a boca positivo ou já imaginavam que poderia ser assim?
TC – Não somos professores por formação. Tanto eu como o Igor Alcântara somos profissionais da área de TI, mas apaixonados pelos temas que abordamos. O Igor também é escritor (Visite o Blog Igoralcantara) Claro que sempre que é possível trazemos convidados especializados no assunto tratado para enriquecer o conteúdo.
A ideia de fazer um podcast surgiu exatamente da necessidade que eu (Francisco) particularmente sentia como ouvinte. Em agosto de 2014 iniciei o Temacast e dois meses depois entrou o Igor para a equipe. Não imaginávamos que seria tão bem aceito como foi e está sendo, em tão pouco tempo, mas fizemos e fazemos tudo que podemos para que nossa periodicidade seja cumprida e que a qualidade da nossa proposta seja a melhor possível.


NP – Qual é o principal objetivo do Temacast? E o quanto vocês estão perto de alcança-lo.
TC – Como pode ser visto no nosso site dizemos que: “Após muito tempo curtindo episódios e mais episódios de inúmeros podcasts pela internet afora, resolvi criar o meu próprio podcast, o Temacast. Esta decisão se baseou na premissa de que um podcast deve levar informação nova ao ouvinte ou aprimorar o conhecimento que alguém possua, portanto tentaremos criar programas que possam cumprir este objetivo. ” Portanto, o primeiro objetivo está cumprido, mas temos outros mais, como melhorar a qualidade do podcast, produzir mais episódios por mês do que atualmente. Mas, como todo podcast, pensamos em crescer e um indicativo que temos de que estamos indo no rumo certo foi termos sido escolhidos pela Ride Fm que retransmite nossos episódios todas as segundas feiras as 15h.


NP – Para finalizar o que pode ajudar ao manter o Podcast vivo por um longo tempo.
TC – Acredito que para um podcast sobreviver ele deve ter os objetivos bem definidos, uma equipe coesa e afinada quanto a esses objetivos, periodicidade e interação com os ouvintes. Colabora também procurar sempre uma melhora com relação ao que já se faz para que haja uma dinâmica constante.
NP – Considerações Finais:
Fica aqui o nosso agradecimento pelo privilégio de ter participado respondendo estas perguntas. Embora o Temacast tenha apenas onze meses de existência nos sentimos muito gratos pela consideração que temos de nossos ouvintes e de sites que fazem o trabalho que vocês estão fazendo. Torcemos para que a mídia cresça e possamos estar nela por muito tempo.
Francisco Seixas e Igor Alcântara.

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